Monday, May 21, 2007

Arranjas aí uns trocos?

Há certos jogadores que, apesar de muitas vezes serem dos mais bem pagos do plantel, os companheiros de equipa têm uma incontrolável necessidade de lhes dar trocos. Chamo a isto o efeito-mendigo:


RATOEIRA TÁCTICA NÚMERO 8: O “EFEITO MENDIGO” Ninguém espera muito do mendigo. Quando alguém se apropria hostilmente de uma empresa, nunca está à espera que um mendigo lhe faça frente. Assim sendo, o pretenso mendigo usa essa sub-valorização com que foi conotado para contra-atacar, utilizando o “Efeito Surpresa”.



RATOEIRA TÁCTICA NÚMERO 9: O “EFEITO SURPRESA” É o inverso do “Efeito Planeado”, que não vou explicar senão nunca mais daqui saímos. Trata-se de surpreender a outra equipa, ao actuar de forma diferente do que seria de esperar. Exemplo: Pôr o Mangonga a jogar em vez do habitualmente titular Roberto Carlos, surpreendendo o adversário com um ataque mais veloz do que seria de esperar.


O “efeito mendigo” teve, desde sempre, grandes intérpretes. Contudo, a fornada dos anos 90 foi especialmente rica.
Continuando a explicar o efeito, de modo a aperfeiçoar a compreensão do mesmo por parte dos leitores, vamos usar ligações lógicas (as premissas utilizadas são óbvias generalizações, dado haverem casos especiais que em nada interessam para provar este efeito):


Mendigo é sinónimo de pobre sem habitação própria;

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Quem assim é pode-se considerar desfavorecido em relação aos demais;

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Assim sendo, parte de trás numa corrida ao sprint neste mundo cão;

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Os “outros”, bem sucedidos e prepotentes, sentem que são más pessoas se não os ajudarem, pois eles são coitadinhos e não os consideram como potenciais adversários;

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No entanto, nem tudo o que parece é. As aparências enganam. Mais uma frase feita aqui e o leitor lançar-se-ia implacavelmente contra a porta da casa de banho em busca de algo original.

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Por vezes uma pessoa aparenta ser pobre quando, afinal, não o é. As razões para isto são diversas e não vamos entrar por aí.

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Passando para o campo de futebol: muitos jogador
es parecem mendigos, o que desperta um sentimento de piedade nos adversários. Parecer mendigo não significa sê-lo, muito menos ser burro, daí o jogador em questão aproveita o desleixo adversário e zás: golo!

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E assim acontece o “efeito mendigo”… daí ser recomendado não julgar um livro pela capa. Este que está a ler neste momento é um bom exemplo, mas ao contrário: a capa é bem melhor do que o interior.



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