Antes de mais, um parêntesis:
(
Agora que já tirei isto do caminho, posso passar a explicar o título desta obra.
Na realidade, este livro não é bem um romance futebolístico. É meramente futebolístico. Mas se o catalogasse de apenas futebolístico, os homens adeptos de futebol seriam os únicos interessados. Não que sejam poucos, eu é que sou uma verejeira capitalista. Com o título de romance como apêndice, estou segudo que algumas senhoras, - Leonor Pinhão excluída - talvez o leiam.
Mas a categorização por mim dada a esta obra, um romance, não pode ser acusada de total ausência de sentido. Senão, notemos: quantas pessoas por esse Portugal fora não relembram com intensa nostalgia as solarengas tardes em que, por entre uns quantos nogats 3/100, viam as fantásticas exibições de Ewerton - no caldeirão dos Barreiros ou através do televisor - sempre com o seu estimado boné, a manter acesa a chama europeia Maritimista? Para demasiados apreciadores do jogo da bola, recordações como esta dão autênticos romances, com momentos de alegria e confraternização com um próximo anónimo contrastados com sentimentos de profunda tristeza e uivos indecifráveis aos céus.
Se, no topo de tudo isto, adicionarmos o facto de que os guarda-redes são constantemente valorizados pelos seus singulares golpes de rins, então as tardes na Madeira extrapolam o romance em direcção do épico. Surpresos por esta afirmação vinda do nada? Um verdadeiro connosseur do nosso futebol seguramente não ficaria. É que Ewerton Machado Joenisch era igualmente famoso pela sua qualidade e pelo facto de jogar sem o baço e sem um rim. Agora pergunto eu ao pseudo-adepto do guardião: Quão valorizadas ficaram as suas exibições, após considerados os mais recentes desenvolvimentos? Será que ficará memorizado para sempre como Ewerton, o redes do fantástico golpe de rim?
Tomando a liberdade de citar um inexistente comentário de Gabriel Alves, aquando de uma fabulosa defesa deste brasileiro a um remate de Sérgio Lavos:
“Eeeeeeewerton, 1,86 metros, proveniente do futebol brasileiro, na madeira desde a temporada 87/88, leva todos os dias as crianças a escola antes de ir para o treino e tem um dos dentes da frente com a raiz morta, mas tal situação não lhe prejudica o mastigar. Tem ainda a categoria suficiente para possuir o mais impressionante golpe de uni-rim do futebol luso!”
Prosseguindo e largando de uma vez por todas o adjectivo romântico, dado ser suicídio comercial tentar fazer concorrência aos livros da Sabrina, com as tuas constantes evocações do carnudo músculo do amor, o título de “A Ratoeira Táctica”, ao contrário assunto precedente, é facilmente explicável. Para bem da minha sanidade mental, e dada o constante uso do título, vou passar a designá-lo por “RT”.
Não estou a falar dos arranjos de Marcello Lippi na Juventus, com as constantes trocas de Nedved e Zambrotta nas laterais ofensivas. Nem de David Ginola, extremo esquerdo de categoria mundial, possuidor de um pé direito mortífero, se usado para o mal. Muito menos de um rato-de-área como Oleg Salenko, capaz de andar desaparecido durante toda uma carreira para surgir num jogo contra os Camarões e satisfazer a sua gula de golos*.
Toda e qualquer “RT” referida ao longo desta obra enquadra-se exclusivamente no âmbito nacional. Irei também referir diversos jogadores que passearam a sua classe pelos nossos relvados, famosos por possuírem a relva mais verde e com menos bicho - mesmo tendo em consideração a reles qualidade da cal, causadora de um intenso e duradouro ardôr a qualquer jogador que ousasse fazer um carrinho em cima de qualquer linha.
É de atletas como Roberto Matute que vou escrever. Porquê Matute? Não tem grande história em Portugal, pensa o comum adepto de futebol. Umas temporadas aceitáveis em Chaves, outra em Belém, e a inevitável queda no esquecimento… Errado!!! São jogadores como ele os mais profundos injustiçados do futebol português, e com esta obra eu quero emendar tamanho crime. Por não reconhecer mérito a Matute, o leitor deverá também proceder a um mea culpa, lendo este livro com uma recém adquirida humildade futebolística. Não tem de quê.
Passo a explicar, numa incrível viagem à longínqua época de 97/98:
Certo domingo, dia de jogo, José Romão - então treinador do Desportivo de Chaves - escalava a equipa para uma difícil deslocação a Vila do Conde (onde cintilavam artistas como Quinzinho, Sérgio China, e um Nelo ao qual o aproximar da reforma não retirava pujança), a dúvida surgia… usar ou não a “RT”? Para os mais esquecidos, a equipa transmontana era muito mais do que aquele famoso tridente formado por Milinkovic – Sabou – Dani Diaz. Muitos dos bons resultados devem-se à chamada - e perdoem-me a repetição, mas quero que esta expressão fique bem memorizada na cabeça dos leitores - “RT”.
Era também algo mais do que a operária e firme linha de quatro defesas, que gelava vez após vez as bancadas do Municipal de Chaves com entradas que enviavam os avançados contrários para o estaleiro durante meses a fio, apesar desse quarteto ter mérito:
Putnik, polivalente e outrora melhor jogador da Liga Fantástica Record; Paulo Alexandre, o eterno capitão e digno sucessor de outro mito, Manuel Correia; Quim Machado, uma referência para qualquer aspirante a lateral direito; e Parfait, que ficou na mente de todos não pela qualidade, mas pelo seu belo exercício capilar, a fazer lembrar o camaronês Makanaky.
Seguramente que a grande maioria está já farta de ler sobre ela, sem saber que, no final de contas, é a “RT”. Acompanhem-me. Nada mais elementar e óbvio, mas no entanto de uma genialidade e de uma eficácia letais, ao alcance de uma clarividência selecta. Que um desafio de futebol nos apresenta 11 atletas por equipa, está nas regras do jogo. Ora fora os 4 defesas e o tridente do Chaves, sobram 4 jogadores que não podem ficar no anonimato. Um, como não poderia deixar de ser, era o guarda redes. Luís Vasco nunca se deixou abater pelos 8 golos sofridos na Luz ao serviço do Famalicão – tal afirmação não se pode extender ao seu companheiro de equipa na altura, o defesa Celestino, autor de 2 dos tentos de belo efeito nessa infame noite -, e que foi para Chaves com a delicada tarefa de fazer olvidar Baston.
E ficam a sobrar agora 3, que convenientemente formaram uma das mais belas “RT” de que há memoria:
Vítor Vieira tinha no flanco direito um mundo a seus pés, como era seu apanágio por qualquer uma das dezenas de símbolos que representou. Depois aparecia Matute, Roberto Matute, ponta-de-lança espanhol dono de uma capacidade motora que perdia de vista a média. José Romão aplicava uma táctica muito comum no exército de terra, mais propriamente nos comandos, fazendo de Roberto um camaleão futebolístico, camuflado entre os defesas. Fazia isto pois sabia ter no avançado um ser demasiado poderoso para um defesa comum – táctica não aplicável a defesas de estampa física bizarra, como Jaap Stam, Tanta ou mesmo Dinis -, logo levava sempre dois, às vezes mesmo três defesas atrás de si, naquele que ficou conhecido como o “movimento de centrifugação de defesas de Roberto Matute”. Tudo isto para quê? Estou certo que os mais atentos já perceberam que falta o 11º e derradeiro jogador, que aproveitaria todos os pontos antecedentes para entrar disparado na grande área, fuzilando o guarda-redes adversário em qualquer tipo de clemência.
Infelizmente para as gentes de trás-os-montes em geral e para Zé Romão em particular, aqui entrou a gralha… é que Etienne N’Tsunda, apesar de ser um tecnicista cujos raides e deambulações não lineares punham qualquer defesa num estado de polvorosa gritante, nunca havia sido um finalizador, como demonstravam os 28 jogos e 2 golos na época anterior.
São estas nuances, consideradas insignificantes para uns, e que chegam a passar despercebidas para muitos outros, que ditam o fado de demasiadas equipas: tão fácilmente as erguem ao patamar europeu como as rebaixam para as cercanias da incómoda linha de água. São pequenos detalhes que diferenciam a genialidade da mediania. Etienne foi uma dessas nuances numa teoricamente brilhante “RT”.
Porventura acabo de revelar um dos mais bem guardados segredos da saudosa Primeira Divisão. Não posso, no entanto, quedar-me por aqui. Sinto uma necessidade altruísta, quase que um chamamento divino exigindo-me que preste homenagem outros tantos jogadores que, tal como N’Tsunda ou Matute, não podem cair no eterno poço do esquecimento, mesmo jamais terem sido recordados.
É esta a motivação que me mantém sentado e me dá forcas para escrever. Talvez seja este o propósito maior da minha vida, qual Robin Hood furtando aos financeiramente abastecidos…
Porque será que Hassan e Paco Fortes retiveram todo o mérito dum Farense europeu? Será que atletas como Djukic ou Paixao não constituíram outra “RT”, mas não lhes foi dado créditos a colher, enquanto Hassan Nader fez as malas para a Luz e o catalão assinou um novo e engrossado contrato com o emblema algarvio? Situações como esta não podem passar incólumes, sem que o comum adepto de futebol, que aprecia a evolução do esférico pelo tapete verde, tenha conhecimento e que a necessária consagração seja atribuída aos atletas em questão.
Assim sendo, esta obra não é um romance, é sim um agrupado de murais, só que em papel, que agradecem e tributam alguns dos jogadores que passaram pelo futebol nacional e aos quais não foram prestadas as honras que porventura mereciam.
No entanto, e com o intuito de se destacar das demais, esta obra vai além das simples, mas brilhantes, “RTs”.
Focando-me nos anos 90 do futebol nacional, destacarei aqueles que se distinguiram, por todos os géneros de razões, como os mais exóticos jogadores dessa mágica década do nosso futebol. Mágica porquê? Pergunta o leitor. Por ora, deixarei os textos e imagens responder a essa questão, regressando à mesma em altura atempada.
Finalmente, a lei e o bom senso incutem-me a necessidade de destacar que todos e quaisquer relatos aqui narrados nada têm a ver com a realidade, à excepção das fotografias dos atletas e de alguns dados estatísticos.
(
Agora que já tirei isto do caminho, posso passar a explicar o título desta obra.
Na realidade, este livro não é bem um romance futebolístico. É meramente futebolístico. Mas se o catalogasse de apenas futebolístico, os homens adeptos de futebol seriam os únicos interessados. Não que sejam poucos, eu é que sou uma verejeira capitalista. Com o título de romance como apêndice, estou segudo que algumas senhoras, - Leonor Pinhão excluída - talvez o leiam.
Mas a categorização por mim dada a esta obra, um romance, não pode ser acusada de total ausência de sentido. Senão, notemos: quantas pessoas por esse Portugal fora não relembram com intensa nostalgia as solarengas tardes em que, por entre uns quantos nogats 3/100, viam as fantásticas exibições de Ewerton - no caldeirão dos Barreiros ou através do televisor - sempre com o seu estimado boné, a manter acesa a chama europeia Maritimista? Para demasiados apreciadores do jogo da bola, recordações como esta dão autênticos romances, com momentos de alegria e confraternização com um próximo anónimo contrastados com sentimentos de profunda tristeza e uivos indecifráveis aos céus.
Se, no topo de tudo isto, adicionarmos o facto de que os guarda-redes são constantemente valorizados pelos seus singulares golpes de rins, então as tardes na Madeira extrapolam o romance em direcção do épico. Surpresos por esta afirmação vinda do nada? Um verdadeiro connosseur do nosso futebol seguramente não ficaria. É que Ewerton Machado Joenisch era igualmente famoso pela sua qualidade e pelo facto de jogar sem o baço e sem um rim. Agora pergunto eu ao pseudo-adepto do guardião: Quão valorizadas ficaram as suas exibições, após considerados os mais recentes desenvolvimentos? Será que ficará memorizado para sempre como Ewerton, o redes do fantástico golpe de rim?
Tomando a liberdade de citar um inexistente comentário de Gabriel Alves, aquando de uma fabulosa defesa deste brasileiro a um remate de Sérgio Lavos:
“Eeeeeeewerton, 1,86 metros, proveniente do futebol brasileiro, na madeira desde a temporada 87/88, leva todos os dias as crianças a escola antes de ir para o treino e tem um dos dentes da frente com a raiz morta, mas tal situação não lhe prejudica o mastigar. Tem ainda a categoria suficiente para possuir o mais impressionante golpe de uni-rim do futebol luso!”
Prosseguindo e largando de uma vez por todas o adjectivo romântico, dado ser suicídio comercial tentar fazer concorrência aos livros da Sabrina, com as tuas constantes evocações do carnudo músculo do amor, o título de “A Ratoeira Táctica”, ao contrário assunto precedente, é facilmente explicável. Para bem da minha sanidade mental, e dada o constante uso do título, vou passar a designá-lo por “RT”.
Não estou a falar dos arranjos de Marcello Lippi na Juventus, com as constantes trocas de Nedved e Zambrotta nas laterais ofensivas. Nem de David Ginola, extremo esquerdo de categoria mundial, possuidor de um pé direito mortífero, se usado para o mal. Muito menos de um rato-de-área como Oleg Salenko, capaz de andar desaparecido durante toda uma carreira para surgir num jogo contra os Camarões e satisfazer a sua gula de golos*.
Toda e qualquer “RT” referida ao longo desta obra enquadra-se exclusivamente no âmbito nacional. Irei também referir diversos jogadores que passearam a sua classe pelos nossos relvados, famosos por possuírem a relva mais verde e com menos bicho - mesmo tendo em consideração a reles qualidade da cal, causadora de um intenso e duradouro ardôr a qualquer jogador que ousasse fazer um carrinho em cima de qualquer linha.
É de atletas como Roberto Matute que vou escrever. Porquê Matute? Não tem grande história em Portugal, pensa o comum adepto de futebol. Umas temporadas aceitáveis em Chaves, outra em Belém, e a inevitável queda no esquecimento… Errado!!! São jogadores como ele os mais profundos injustiçados do futebol português, e com esta obra eu quero emendar tamanho crime. Por não reconhecer mérito a Matute, o leitor deverá também proceder a um mea culpa, lendo este livro com uma recém adquirida humildade futebolística. Não tem de quê.
Passo a explicar, numa incrível viagem à longínqua época de 97/98:
Certo domingo, dia de jogo, José Romão - então treinador do Desportivo de Chaves - escalava a equipa para uma difícil deslocação a Vila do Conde (onde cintilavam artistas como Quinzinho, Sérgio China, e um Nelo ao qual o aproximar da reforma não retirava pujança), a dúvida surgia… usar ou não a “RT”? Para os mais esquecidos, a equipa transmontana era muito mais do que aquele famoso tridente formado por Milinkovic – Sabou – Dani Diaz. Muitos dos bons resultados devem-se à chamada - e perdoem-me a repetição, mas quero que esta expressão fique bem memorizada na cabeça dos leitores - “RT”.
Era também algo mais do que a operária e firme linha de quatro defesas, que gelava vez após vez as bancadas do Municipal de Chaves com entradas que enviavam os avançados contrários para o estaleiro durante meses a fio, apesar desse quarteto ter mérito:
Putnik, polivalente e outrora melhor jogador da Liga Fantástica Record; Paulo Alexandre, o eterno capitão e digno sucessor de outro mito, Manuel Correia; Quim Machado, uma referência para qualquer aspirante a lateral direito; e Parfait, que ficou na mente de todos não pela qualidade, mas pelo seu belo exercício capilar, a fazer lembrar o camaronês Makanaky.
Seguramente que a grande maioria está já farta de ler sobre ela, sem saber que, no final de contas, é a “RT”. Acompanhem-me. Nada mais elementar e óbvio, mas no entanto de uma genialidade e de uma eficácia letais, ao alcance de uma clarividência selecta. Que um desafio de futebol nos apresenta 11 atletas por equipa, está nas regras do jogo. Ora fora os 4 defesas e o tridente do Chaves, sobram 4 jogadores que não podem ficar no anonimato. Um, como não poderia deixar de ser, era o guarda redes. Luís Vasco nunca se deixou abater pelos 8 golos sofridos na Luz ao serviço do Famalicão – tal afirmação não se pode extender ao seu companheiro de equipa na altura, o defesa Celestino, autor de 2 dos tentos de belo efeito nessa infame noite -, e que foi para Chaves com a delicada tarefa de fazer olvidar Baston.
E ficam a sobrar agora 3, que convenientemente formaram uma das mais belas “RT” de que há memoria:
Vítor Vieira tinha no flanco direito um mundo a seus pés, como era seu apanágio por qualquer uma das dezenas de símbolos que representou. Depois aparecia Matute, Roberto Matute, ponta-de-lança espanhol dono de uma capacidade motora que perdia de vista a média. José Romão aplicava uma táctica muito comum no exército de terra, mais propriamente nos comandos, fazendo de Roberto um camaleão futebolístico, camuflado entre os defesas. Fazia isto pois sabia ter no avançado um ser demasiado poderoso para um defesa comum – táctica não aplicável a defesas de estampa física bizarra, como Jaap Stam, Tanta ou mesmo Dinis -, logo levava sempre dois, às vezes mesmo três defesas atrás de si, naquele que ficou conhecido como o “movimento de centrifugação de defesas de Roberto Matute”. Tudo isto para quê? Estou certo que os mais atentos já perceberam que falta o 11º e derradeiro jogador, que aproveitaria todos os pontos antecedentes para entrar disparado na grande área, fuzilando o guarda-redes adversário em qualquer tipo de clemência.
Infelizmente para as gentes de trás-os-montes em geral e para Zé Romão em particular, aqui entrou a gralha… é que Etienne N’Tsunda, apesar de ser um tecnicista cujos raides e deambulações não lineares punham qualquer defesa num estado de polvorosa gritante, nunca havia sido um finalizador, como demonstravam os 28 jogos e 2 golos na época anterior.
São estas nuances, consideradas insignificantes para uns, e que chegam a passar despercebidas para muitos outros, que ditam o fado de demasiadas equipas: tão fácilmente as erguem ao patamar europeu como as rebaixam para as cercanias da incómoda linha de água. São pequenos detalhes que diferenciam a genialidade da mediania. Etienne foi uma dessas nuances numa teoricamente brilhante “RT”.
Porventura acabo de revelar um dos mais bem guardados segredos da saudosa Primeira Divisão. Não posso, no entanto, quedar-me por aqui. Sinto uma necessidade altruísta, quase que um chamamento divino exigindo-me que preste homenagem outros tantos jogadores que, tal como N’Tsunda ou Matute, não podem cair no eterno poço do esquecimento, mesmo jamais terem sido recordados.
É esta a motivação que me mantém sentado e me dá forcas para escrever. Talvez seja este o propósito maior da minha vida, qual Robin Hood furtando aos financeiramente abastecidos…
Porque será que Hassan e Paco Fortes retiveram todo o mérito dum Farense europeu? Será que atletas como Djukic ou Paixao não constituíram outra “RT”, mas não lhes foi dado créditos a colher, enquanto Hassan Nader fez as malas para a Luz e o catalão assinou um novo e engrossado contrato com o emblema algarvio? Situações como esta não podem passar incólumes, sem que o comum adepto de futebol, que aprecia a evolução do esférico pelo tapete verde, tenha conhecimento e que a necessária consagração seja atribuída aos atletas em questão.
Assim sendo, esta obra não é um romance, é sim um agrupado de murais, só que em papel, que agradecem e tributam alguns dos jogadores que passaram pelo futebol nacional e aos quais não foram prestadas as honras que porventura mereciam.
No entanto, e com o intuito de se destacar das demais, esta obra vai além das simples, mas brilhantes, “RTs”.
Focando-me nos anos 90 do futebol nacional, destacarei aqueles que se distinguiram, por todos os géneros de razões, como os mais exóticos jogadores dessa mágica década do nosso futebol. Mágica porquê? Pergunta o leitor. Por ora, deixarei os textos e imagens responder a essa questão, regressando à mesma em altura atempada.
Finalmente, a lei e o bom senso incutem-me a necessidade de destacar que todos e quaisquer relatos aqui narrados nada têm a ver com a realidade, à excepção das fotografias dos atletas e de alguns dados estatísticos.
___________________________________________
*Alusão óbvia ao jogo Rússia vs. Camarões, no campeonato do mundo USA’94, em que Oleg Salenko marcou nada menos do que 5 golos, ultrapassando o antigo recorde de Butragueño, 4.
4 comments:
Estou de lagrima no canto do olho so de pensar em Caetano, Hajry, Dino e companhia.
um só palavra: genial!!
Abraço,
N'Tsunda Ascensão
Dino Silva, mto prazer em conhecer N'Tsunda Ascensao
"seu belo exercício capilar, a fazer lembrar o camaronês Makanaky"
As merdas de que tu te lembras!!
Cyrille Makanaki, um magnifico exemplar da raça núbia!
Post a Comment